Voltou-se a Ele novamente, nublado de angustias desconhecidas buscava em seu exercicio algum dia poder ver melhor, se ver melhor.
uma criança morre em algum lugar do mundo
Sabia o ponto de ebulição, eram os olhos. Ao fita-lo com profundidade trazia seu infinito nulo a tona, desconstruindo a surrealidade de sua visão.
uma criança morre em algum lugar do mundo
D'entre as surrealidades pequenos flashs fotográficos lhe faziam piscar, apesar de raros lhe doiam como a eternidade de uma vida.
uma criança morre em algum lugar do mundo
Hoje tinha a ansia d'um mundo todo. Hoje é o dia de sua execução, só hoje.
uma criança morre em algum lugar do mundo
Postava nu toda sua inutilidade, se via como tal frente a Ele. Coisa tão impossivel. Eu. Ele.
uma criança morre em algum lugar do mundo
Era o desafio de sua existencia, fita-lo eternamenta. Surrealisticamente fita-lo em seu mundo real.
uma criança morre em algum lugar do mundo
Tinha fome de verdade. Tinha surrealmente fome de tudo mais. Tinha fome de paz.
uma criança morre em algum lugar do mundo
Desviou o olhar em submissão. Fe-lo sem opção, tomado de uma racionalidade furtiva. Estava mudo, cego; surdo.
nasce uma criança em algum lugar do mundo