Curtas sem pressas.
Estava deitado na rede como num descanso pós-orgasmático, observando as ramas do maracujazeiro a frente, observando suas distorções e contrações em busca de algo para se pegar. Grandes abelhas negras voavam por ali em busca de seu sulco floral, extase. Como zunem e voam destrambelhadas as abelhas negras, mamangavas. Pouco se via do céu ainda azul. Eram florais, mamangavas e distorções. Num lapso subi; a rede não badalava e o zonido não soonava. Distorci assim numa tarde de domingo, ao descanso do cansasso escasso. Deveras vezes me intrigo distorcido, onde florais vamos parar? Mamangava.
Mariana, Brumadinho e Pompeia
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Em meu segundo livro, Elefante, publicado em 2013, escrevi uma série de
poemas, todos girando em torno do mesmo tema: a possibilidade do homem
permanecer ...
5 years ago
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