tudo quanto escrevo é horrivel
tudo quanto artejo é descrível
nada externaliza o cerne
nada é minimamente passivel
nada externo é minimamente crível.
no amago há tempo
inexistente
no fundo do fundo
do tempo da tumba
nem mesmo há
onipresente
no momento é possivel
e somente nele
o cortejo
infindável
2 comments:
Lindo, nego. Auto-consciência, auto-crítica poética. Não se externa um sentimento. Se o poeta é um fingidor, como disse Pessoa, você postula que o leitor também o é.
Sintamos!
e como sempre eu repito, fora do momento nada existe
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