Víscero
A poesia é cerne,
Carne exposta
De cheiro duvidoso.
Âmago amarrotado
Dum pobre coitado
Caído em pecado
São letras pescadas num vacilo,
Lágrimas ocultas em verso
Lampejam possíveis momentos.
Inexistência,
Saneamento mental
De passagem discreta
Em voz flagelada.
Imobilidade do imortal
Morto pouco a ponto
Em letras lacrimosas
Palpáveis
Falíveis.
Mariana, Brumadinho e Pompeia
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Em meu segundo livro, Elefante, publicado em 2013, escrevi uma série de
poemas, todos girando em torno do mesmo tema: a possibilidade do homem
permanecer ...
5 years ago
6 comments:
Simplesmente lindo
Bom isso, heim!! Você manda bem!!
Caramba, Tulio. Isso é lindo, irmão. Lindo, verdadeiro, sensível. A quarta estrofe é brilhante (saneamento mental - em voz flagelada... demais), e o fim é pra arrancar a pele. As primeiras são pura verdade.
Gosto demais. É uma das mais bonitas que já nasceram por aqui. Tem uma figura forte, que amarra todos os versos. É clara, pura, e tem um cuidado, um requinte léxico sensacional.
Lindo, mano.
forte. bonito. fundo.
bom chegar aqui!
ô mano!
comentei esse lá no maná! veja lá! abração!
legal ver sua cara!
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