Wednesday, May 09, 2012

momentotempo


Quando não há estrelas no céu
fico olhando o tempo e seu tempo.



Vejo pequenas janelas
que sonham ser estrelas,
mas moram num céu de cimento
duramente sem tempo.

Tuesday, February 08, 2011

hoje eu estou satisfeito

e não vou escrever uma poesia

Wednesday, January 05, 2011

Era dum dourado brilhante, daqueles que transpiram a sexualidade, a libido. Seu falo, diminuto, não representava problema algum. Tinha habilidades as quais nenhum outro homem poderia imaginar. Além do sabor de sexo, o qual escorria inclusive pelo olhar, tinha o tato para a coisa. Penetrava como fogo dentro da mente da amada, olho no olho, respirando seus hormônios lentamente. Segurava e apertava numa pressão de suave delicadeza, enquanto sussurrava coisas que estremeciam o corpos e mentes. Sua lingua escorregava pelas covas, sedenta como cobra, em movimentos circulares, vagarosos, tão intensos que podia escutar os musculos enrrijecendo de tesão e, sabia a hora certa de parar e deixar respirar. Os movimentos em ritmos regulares regavam o tempo de impossibilidades.

Friday, May 07, 2010

Queridos, ando meio distante desse espaço. Muitas coisas estão caminhando, outros blogs em que escreve estão tomando grande parte desse tempo, fora o projeto de conclusão de curso e outros cursos que estou fazendo fora a faculdade.
Idependente das desculpas, deixo aqui mais um Haikai feito essa semana. Ainda pretendo apresentá-lo de outras formas, vídeo ou audio, mas isso vai ficar para o Maná Zinabre.

As pessoas voam
Nas suas alegrias e tristezas
Em busca do seu lar

Wednesday, April 07, 2010


Blue and sentimental

Os dias vem
Um entre outro
E eu não percebo

Tenho barba
Tenho pelos
Cabelos brancos

É nessas horas que vejo
Que tudo foi feito
Para dois.

Até mesmo o cardápio
Que indica “serve uma pessoa”.
Na realidade quer servir duas.

É estranha a solidão
De comer um prato
Servido para uma pessoa
   E deixar sobrar.

Não está certo.


Eu sigo caminhando
Mantendo a postura
De diplomata

Na realidade quero a cura
Como a vaca quer o pasto
Desse mal que me perdura
Desse sentimento vasto

Essa monotonia
É o desejo
De desejar.

Acho que vou definhar em poesia
De tantas vidas que vivi
Em alegre ignorância

São lembranças,
Esquecimentos.

Tuesday, March 30, 2010



"Curtir o Pedro Bial
E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.

Há muito tempo não vejo
Um programa tão 'fuleiro'
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.

Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, 'zé-ninguém'
Um escravo da ilusão.

Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme 'armadilha'.

Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.

O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.

Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.

Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.

Respeite, Pedro Bial
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.

Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério - não banal.

Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.

A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os "heróis" protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.

Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.

Talvez haja objetivo
"professor", Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.

Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.

É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos "belos" na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.

Se a intenção da Globo
É de nos "emburrecer"
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.

A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.

E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.

E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.

E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.

A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.

Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.

Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?

Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal."

Educador e cordelista baiano Antonio Carlos de Oliveira Barreto

Friday, March 26, 2010

É, faz muito tempo que não passo por aqui.

Independente dos motivos, aqui vai um poeminha que achei num livro que tava jogado na estante, o autor é Luiz Martins Rodrigues Filho, conterrâneo meu.


Escavação
.................(Á Ceci e ao Clóvis)

Escavo a memória,
laboriosamente escavo a memória.
Trabalho exaustivo e afinal inútil,
porque o que passou
não passou:
está presente na parede
como a própria parede em frente.