Saturday, April 18, 2009

Meia Noite

Busco água no banheiro
Sirvo em porcelana

Que lugar ideal.

A privada é para refletir
Por isso, privado.

A análise é profunda
O olhar imanente
Brota no espelho a fronte.
Não tarda

“Beba, são pregos”

Preciso é cortar a unha
Fazer a barba
Escovar os dentes

Limpar a casa,
Ao menos uma vez
Limpar a casa.



(Não terminado, aberto a opinião)

Tuesday, April 07, 2009

Estetoscópio

Tão certo quanto outros
Esse dia corre manso
Nos sorrateiros bocejos
De entrelinhas que assoviam
Passos apressados

Em meio ao estribilho
O estalar de um ruído

O olhar em fuga
Faz a busca
Da linha quântica
Em que persisto

As paredes encolhem

O lúdico rompe em
Auscultação

Wednesday, April 01, 2009

Víscero

A poesia é cerne,
Carne exposta
De cheiro duvidoso.

Âmago amarrotado
Dum pobre coitado
Caído em pecado

São letras pescadas num vacilo,
Lágrimas ocultas em verso
Lampejam possíveis momentos.

Inexistência,
Saneamento mental
De passagem discreta
Em voz flagelada.

Imobilidade do imortal
Morto pouco a ponto
Em letras lacrimosas

Palpáveis

Falíveis.