Víscero
A poesia é cerne,
Carne exposta
De cheiro duvidoso.
Âmago amarrotado
Dum pobre coitado
Caído em pecado
São letras pescadas num vacilo,
Lágrimas ocultas em verso
Lampejam possíveis momentos.
Inexistência,
Saneamento mental
De passagem discreta
Em voz flagelada.
Imobilidade do imortal
Morto pouco a ponto
Em letras lacrimosas
Palpáveis
Falíveis.
Não Vire as Costas, Estou Falando com Você
-
ah, a poesia! oh, a poesia!
"que belo a cor do rouxinol
o canto da cotovia
na charneca florida
a cor do arrebol"
escreve o poeta em sua última antologia
–...
3 years ago
6 comments:
Simplesmente lindo
Bom isso, heim!! Você manda bem!!
Caramba, Tulio. Isso é lindo, irmão. Lindo, verdadeiro, sensível. A quarta estrofe é brilhante (saneamento mental - em voz flagelada... demais), e o fim é pra arrancar a pele. As primeiras são pura verdade.
Gosto demais. É uma das mais bonitas que já nasceram por aqui. Tem uma figura forte, que amarra todos os versos. É clara, pura, e tem um cuidado, um requinte léxico sensacional.
Lindo, mano.
forte. bonito. fundo.
bom chegar aqui!
ô mano!
comentei esse lá no maná! veja lá! abração!
legal ver sua cara!
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