mundos
de todas as tentativas
de relegar a vida
em tragadas, engolidas
de certo, arriscadas
que me tornaram decrépito
em aborrecido sono
tentei de tudo
de tudo mesmo
para chegar lá
do lado de lá
n’outro lado
perniciosos ritos de passagem
de hoje para hoje mesmo
e amanha que nunca chega
e quando chega deixa
tudo pra trás
como num jorro
num orgasmo
em triste júbilo
desfalecido
ao acordar no mesmo dia
no mesmo lugar
sob o mesmo sol
em comiseração
pela minha
falta
pelas ganas de transpor
a compleição da tez
e ressurgir
ou findar
completamente
mas
não
nunca fui
não ainda
não
não
não
Mariana, Brumadinho e Pompeia
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Em meu segundo livro, Elefante, publicado em 2013, escrevi uma série de
poemas, todos girando em torno do mesmo tema: a possibilidade do homem
permanecer ...
6 years ago