Sunday, November 30, 2008

tudo quanto escrevo é horrivel
tudo quanto artejo é descrível
nada externaliza o cerne
nada é minimamente passivel
nada externo é minimamente crível.

no amago há tempo 
inexistente

no fundo do fundo
do tempo da tumba
nem mesmo há
onipresente

no momento é possivel
e somente nele
o cortejo
infindável

2 comments:

Victor Meira said...

Lindo, nego. Auto-consciência, auto-crítica poética. Não se externa um sentimento. Se o poeta é um fingidor, como disse Pessoa, você postula que o leitor também o é.

Sintamos!

Que? said...

e como sempre eu repito, fora do momento nada existe